Alerta de Síndrome Pulmonar por Hantavirose 12/09/2012 - 09:01

O Serviço de Saúde Pública dos Parques Nacionais dos Estados Unidos confirmaram 8 casos de Síndrome Pulmonar por Hantavirose entre visitantes que estiveram na Vila Curry, dentro do Parque Nacional de Yosemite, na Califórnia, desde junho deste ano.

Autoridades de saúde acreditam que estes visitantes podem ter sido expostos ao Hantavirus durante sua estada na Vila Curry. O Departamento de Saúde Pública da Califórnia e os Centers for Disease Control and Prevention (CDC-EUA) estão trabalhando juntos com o Parque Nacional em resposta ao evento.

Visitantes, oriundos de qualquer país/localidade, e que estiveram na Vila Curry do Parque Nacional de Yosemite no período entre 10 de junho e 24 de agosto devem procurar os serviços de saúde de sua região caso apresentem sintomas da síndrome pulmonar por hantavirose, os quais incluem: febre, calafrios, mialgia, dispneia, e/ou sintomas gastrointestinais, podendo evoluir rapidamente e levar a morte, com período de incubação que varia de uma a seis semanas.

Hantavirose - Existem dois tipos distintos da doença: febre hemorrágica com síndrome renal (FHSR) e a síndrome cardiopulmonar pelo hantavírus (SCPH), sendo chamada também de síndrome pulmonar por hantavirose (SPH).

A contaminação se dá através da inalação do vírus (aerossóis), através do contato com fezes e urina contaminadas, algumas vezes, através da ingestão de água e alimentos contaminados e também, mais recentemente, surgiram evidências da transmissão interhumana. O período médio de incubação é de 14 dias, tendo uma variação de 4 a 42 dias.
A patogenia que levam à FHSR e a SCPH aparentemente é derivada de uma exacerbada resposta imune ao hantavírus. Quando no organismo, o vírus ataca preferencialmente os pulmões e rins. As plaquetas são infectadas havendo destruição destas, sendo observadas alterações nos exames de sangue 2 a 3 dias antes do edema pulmonar. Através desta infecção há a distribuição viral pelo organismo.

Paraná - O primeiro caso de hantavirose confirmado laboratorialmente foi em agosto de 1999, no município de Cruz machado, região de União da Vitória, mas um trabalho retrospectivo de investigação mostrou que possivelmente aconteceram casos em 1998, mas com confirmação apenas clínica e epidemiológica.

Entre os casos já estudados no Paraná, chama a atenção a predominância de ocorrência em regiões com concentração de Pinus sp, onde os trabalhadores entram para cortar a madeira e passam a viver em condições inadequadas, com facilidade de acesso de roedores silvestres que contaminam o ambiente com fezes e urina, transmitindo assim a doença.
Como é uma doença com letalidade de até 70% (diminuída sensivelmente no Estado - cerca de 33% - devido à agilização do diagnóstico e tratamento adequado), a Secretaria de Saúde vem investindo em atividades educativas voltadas à população em geral e trabalho específicos com profissionais de saúde, empresários do ramo de madeira e trabalhadores rurais.
Foram elaborados manuais para diagnóstico e tratamento, além de panfletos explicativos e vídeos. Através de uma resolução conjunta do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos - Ibama e Instituto Ambiental do Paraná - IAP, os técnicos conseguiram que os locais de habitação temporária dos trabalhadores fossem construídos de forma a dificultar o acesso do rato que transmite a doença.

No Estado, os casos suspeitos devem ser notificados ao Centro de Informações Estratégicas e Respostas em Vigilância à Saúde (CIEVS-PR) compulsória e imediatamente, por meio dos seguintes contatos:

Fones 24 h: (41) 3330-4492/4493/4416 / 0800 643 8484 / 0800 645 4900 (41) 9117-3500/91173002/ 96971366 Fax (41)3330-4398 / Fone Comercial: (41) 33322602 Notifique aqui: http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=2355