O aeroporto Municipal de Cascavel ficou bastante movimentando na tarde de ontem devido a uma simulação da queda de uma aeronave transportando, além de passageiros, material radioativo. Várias equipes que seriam acionadas em uma situação dessas participaram da simulação, resultando em aproximadamente 40 pessoas para atender o acidente.
     Até mesmo um hospital de campanha foi montado em menos de dez minutos no local. Homens do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil, policiais militares, agentes da CETTRANS (Companhia de Engenharia Transporte e Trânsito) estudantes de Medicina da UNIOSTE, profissionais do HU (Hospital Universitário), UOPECCAN (Hospital do Câncer), órgão regional da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), SAMU (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) e soldados do Exército Brasileiro, realizaram a simulação e foram capacitados. Segundo o capitão Charles Elias de Oliveira, do Corpo de Bombeiros, existe uma possibilidade remota do acidente, mas o trabalho prepara as equipes em ocasiões como essa.

“Foi dado o atendimento ao incêndio, em seguida foi feito o Start [Sistema de Atendimento Rápido de Vítimas], que é o momento em que são identificadas as lesões dos envolvidos na queda, e na seqüência essas pessoas são transportadas ao hospital de campanha. Elas recebem os devidos cuidados pela equipe física do HU, que faz o levantamento do nível de exposição da radioatividade dos envolvidos no sinistro. Em Cascavel nunca houve acidentes com material radioativo, mas é sempre bom estar preparado para qualquer tipo de incidente”, comentou o capitão. Um pequeno avião foi utilizado no treinamento, com várias pessoas em volta para simular o acidente. As supostas vítimas foram rapidamente levadas em macas até o hospital montado no local e receberam o devido atendimento.

“A simulação envolveu os órgãos necessários em sinistro desse porte e caso um incidente dessa natureza venha a ocorrer essas equipes estão preparadas para as medidas necessárias”, salientou o capitão.