Após dois anos e meio de estudos, pesquisas, acessos a documentos, entrevistas, garimpo em jornais da época o professor de Geografia da Universidade Estadual de Londrina, José Luiz Alves Nunes, concluiu o livro: 1963 - Paraná em Chamas.

Este evento, não foi um incêndio qualquer, mais sim, foi um dos maiores da história, destruiu cerca de 1,5 mil de quilômetros quadrados, uma área equivalente a do município de Londrina.

O Paraná detém o registro de ter "abrigado" o maior volume de incêndios ambientais do mundo em extensão. Entre os meses de agosto e setembro de 1963.

"As queimadas são a forma mais barata de higienização de um terreno e é uma prática para limpar uma pastagem ou para aumentar a área agriculturável", destacou. 

Está é uma prática muito antiga, no entanto, na época em que o bioma da região estava mais preservado a queima acontecia de maneira mais lenta que em culturas como a de café. Destacou também que a geada seguida de incêndio repercutiu internacionalmente, já que o Paraná era um dos maiores produtores de café da região. 

Em 1963 antes dos incêndios, havia acontecido uma geada forte, tal e qual aconteceu este ano. "Depois de uma geada a planta fica sem a seiva, ou seja, fica somente a celulose pronta para ser queimada", explicou. 

Ele relembrou que os registros da época não chegaram a um consenso sobre o número de mortos e atingiram entre 89, segundo dados oficiais da Secretaria de Assistência Social, e 250, registrados pelos jornais da época. 

"É difícil saber qual foi o número exato de mortos. Em quantidade de vítimas a tragédia que encabeça a lista é a que ocorreu em Wisconsin, quando 1,5 mil pessoas morreram, mas o que aconteceu no Paraná foi uma das maiores tragédias mundiais", destacou.

Livro - 1963 O Paraná em chamas. Autor José Alves Nunes. Londrina: Ed. do Autor, 2013

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Livro 1963 O Paraná em Chamas. Autor José Luiz Alves Nunes. Londrina: Ed. do Autor, 2013