De acordo com dados do Programa de Controle de Endemias em Cascavel, no 4º Lira, realizado em dezembro de 2010, 0,8% dos imóveis visitados estavam infestados com larvas; no 3º Lira em outubro o IPP (Índice de Infestação Predial) era de 0,4% e no 2º, em agosto, de 0,2%. “Apesar de ainda estar abaixo do índice preconizado pelo Ministério da Saúde, de 1%, o fato de estar dobrando a cada levantamento nos preocupa. No próximo mês vamos fazer o primeiro LirAa do ano e estamos com receio de encontrar um número mais elevado que no último”, comenta a coordenadora do Programa, Maura Moreira. Ela lembra que o período é propício para o aparecimento de focos, pois além do clima chuvoso e quente colaborar para o desenvolvimento do Aedes aegypti, a época de festas e férias faz com que a população diminua os cuidados no combate ao mosquito. “As pessoas viajam e às vezes esquecem um recipiente no quintal que vai acumular água e se tornar criadouro do mosquito. As piscinas são o maior problema, alguns têm costume de jogar um monte de produto nelas e sair viajar pensando que a questão está resolvida, mas não é assim, é preciso deixar alguém responsável para fazer todo o processo de limpeza toda semana”, observa Maura. Cascavel encerrou 2010 com 174 casos confirmados de dengue, sendo 120 autóctones (contraídos no Município) e 54 importados. Nos sete primeiros dias deste ano, 11 suspeitos já estão sendo monitorados. “O que nos preocupa é que os suspeitos são da mesma região da cidade onde mais houve casos no ano passado: Parque São Paulo, Neva e Maria Luiza. Nesse último bairro é onde os agentes mais enfrentam dificuldade de realizar o trabalho, pois encontram muitas casas fechadas e moradores que não querem atendê-los”, lamenta. (Neo Gonçalves)

Fonte: Jornal Hoje
(http://www.jhoje.com.br/Paginas/20110110/edicaocompleta.pdf)


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B/8 do 4º GB