Governo envia 900 kits para atender vítimas de enxurrada em Cambará 31/10/2017 - 09:45

O Governo do Estado encaminhou 300 kits dormitório, 300 de kits higiene e 300 kits de limpeza para Cambará, uma das cidades mais afetadas pelos temporais que começaram no domingo (29) em todo o estado. A secretária da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, verificou nesta segunda-feira (30), os danos provocados pela chuva naquele município. O córrego Alambari transbordou e danificou perto de 160 casas e afetou a vida de mais de 500 pessoas.

Fernanda visitou as áreas afetadas, com o coronel Elio de Oliveira Manoel, coordenador estadual da Defesa Civil e chefe da Casa Militar, e a vice-prefeita Claudia Helena Negrão Batista. De acordo com a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil do Paraná, em Cambará, pelo menos 25 pessoas ficaram desabrigadas e precisaram ser levadas a abrigo público.

“Desde a madrugada estamos monitorando, junto com a Defesa Civil, a situação de Cambará. Viemos verificar a situação com os moradores e fazer o atendimento emergencial, com os kits para a limpeza e higiene. Em segundo momento o município fará levantamento para, em conjunto com o Governo do Estado, retomar a rotina”, comentou Fernanda.

Em todo o Paraná, 4 mil pessoas foram afetadas por danos nos imóveis ou mesmo falta de luz, pelos temporais em 38 municípios. Até o fim da tarde desta segunda-feira (30), 68 das 93 pessoas desalojadas permaneciam sem poder voltar para casa, e 32 estavam desabrigadas. O número total de residências danificadas foi de 300 e uma casa, em Cambará, foi completamente destruída.

RECURSOS – Na área de assistência social, Cambará pode acessar recursos do Benefício Eventual, da Assistência Social, destinado a calamidades públicas. Também pode solicitar pagamento especial do bolsa-família, que adianta os pagamentos dos dois meses. No município, 1.774 recebem o benefício federal e, destes, 1.220 são acompanhados pelo programa Família Paranaense e recebem o complemento Renda Família Paranaense.

O município pode dispor do Serviço de Proteção em Situação de Calamidade Pública e de Emergência. O valor liberado depende do número de famílias atingidas pelo desastre, conforme descrito no decreto de situação de emergência, a ser homologado pelo governador.

EMERGÊNCIA – A decretação de situação de emergência ou estado de calamidade pública obedece a critérios explicitados no Formulário de Informações do Desastre (Fide), disponível no Sistema Informatizado da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (SISDC)

As informações servem para caracterizar o desastre, resultado de adventos naturais ou produzidos por humanos, que causem danos humanos, materiais ou ambientais. Os desastres são classificados em três níveis, de acordo com a intensidade e a necessidade de recursos estaduais, federais ou internacionais para normalizar a situação.

Cabe ao coordenador municipal de Proteção e Defesa Civil incluir o Fide e informar a gravidade da situação em sua cidade. Confira o procedimento completo AQUI.

ACUMULADO – De acordo com o Simepar, o volume de chuvas acumulado desde a tarde do domingo (29) é extremamente elevado, principalmente no Oeste do Estado. Os maiores volumes de precipitação ocorreram em Toledo (152 mm), Cascavel (213,4 mm) e Santa Helena (260,2 mm). Em Cascavel, uma adolescente morreu afogada em um rio próximo ao centro da cidade.

A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil faz o monitoramento da situação em todos os municípios paranaenses através do Centro Estadual de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cegerd), instalado no Palácio das Araucárias, em Curitiba. “Nossa atenção agora é acompanhar a possibilidade de outros eventos, como alagamentos e deslizamentos”, disse o chefe operacional do órgão, capitão Romero Nunes da Silva Filho.

INSTABILIDADE – O tempo segue instável nesta segunda-feira (30) em todo o Paraná. De acordo com o Simepar, há previsão de chuvas nas diversas regiões do Estado a qualquer hora do dia, com a possibilidade de precipitações fortes, acompanhadas de raios e de rajadas de ventos fortes. Os temporais mais severos acontecem nas regiões Oeste e Norte do Estado. A instabilidade ocorre devido ao sistema de baixa pressão sobre o Paraguai aliado ao avanço de uma frente fria pelo Oceano, no Sul do País.

A instabilidade no Paraná ocorre devido ao fluxo de umidade e de calor vindo da Região Amazônica para o Sul do Brasil, Paraguai e Argentina, associado à intensificação de uma área de baixa pressão entre o Norte da Argentina e o Paraguai. Essas condições favoreceram a formação de tempestades no Paraná, principalmente nas regiões Oeste, Sudoeste, Centro-Oeste e em toda a faixa Norte do Estado.

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