Dia Nacional do Voluntariado 29/08/2014 - 21:00

Homenagem da defesa civil ao voluntário paranaense

Um anônimo, uma ajuda, a diferença. Por meio dessas três palavras podemos tentar caracterizar um pouco do muito que significa para o Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil o seu voluntariado.

Estamos falando do provável maior cadastro ativo de pessoas (dentre os órgãos de proteção e defesa civil brasileiro) que se colocam a disposição de uma das mais importantes formas de agir: antes, durante e depois do desastre. 

O voluntário da defesa civil sequer precisa ser chamado, ele aparece, surge no momento certo sempre disposto a colaborar. Não age pensando em quem conhece, age orientado pelo bem, pelo desprendimento de quem abre mão do seu tempo investindo-o na boa ação de ajudar, colaborar, exercer o seu papel para a construção de um mundo melhor.

Sente como se fosse com ele a dor da perda, a necessidade do apoio. Não se preocupa se receberá algo em troca, até porque, normalmente, lhe basta saber que está contribuindo, fazendo a diferença, ajudando a amenizar, reverter, aliviar um pouco do quê outros desconhecidos estão passando.

Por muitas vezes, ao observar o trabalho desses colegas, nós que estamos à frente da gestão de um desastre pelo oficio abraçado e escolhido de ajudar o próximo, sentimos renovado nosso ânimo ao poder contar com tanta gente empenhada em fazer o melhor, independentemente de horário, de dia da semana - alguns preferem justamente os finais de semana e feriados, pois é quando podem exercer seu voluntarismo sem às vezes concorrer com o trabalho que já realiza durante os dias considerados úteis.

O anonimato surge com naturalidade ao perceber que não se deseja projeção pessoal a partir da atividade realizada. São anônimas as mãos de mais de 8300 voluntários que, cadastrados pelo site da defesa civil, desempenham as ações emergenciais. A força deles normalmente se soma ao exercício da solidariedade manifestado sob a forma de doação para ajudar quem precisa nos momentos críticos. Ao voluntário cabe a triagem, a preparação com carinho da roupa que será vestida, o exercício da paciência e da perseverança para encontrar aquele outro componente do par de calçados que já imagina sendo recebido por quem perdeu tudo e tenta reunir forças para se recuperar. 

 Ajudar é um dos mais importantes verbos para o voluntário. Faz questão de conjugá-lo sempre em primeira pessoa em prol do próximo, que pode estar há centenas de quilômetros de distância, mas aguarda essa mobilização. Precisa do resultado da ação desse grupo para amenizar seu sofrimento.

Nossos voluntários, mesmo que não seja durante o desastre, nos perguntam se precisamos de ajuda, se algo a mais pode ser feito por eles. Querem aprender, querem oferecer suas qualidades técnicas, seu conhecimento, sua presença que dá corpo às operações mais complicadas. É muito gratificante olhar aqueles vários coletes laranja vestidos por pessoas que não conhecemos do dia a dia, mas que estão ali, como cada um de nós somando esforços. Não vemos expressões de contrariedade, mas sim, de satisfação e determinação por fazer o melhor que pode ser feito enquanto labutam.

Costumamos dizer que "defesa civil somos todos nós", porém, é apenas por meio da presença do voluntário que percebemos, em essência, que essa frase, essa espécie de jargão se materializa, toma forma e possibilita alcançarmos os melhores resultados para quem está precisando.

O voluntário faz a diferença nesse processo, nesse conjunto, na essência das atividades da defesa civil que tem por finalidade reduzir os desastres em relação à quantidade desses eventos ou à intensidade dos seus danos e prejuízos, caso inevitavelmente ocorram.

Essas palavras são apenas uma forma para nós, da Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil, manifestarmos nossa gratidão a todos os voluntários pelo apoio e disponibilidade de sempre.

 

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