Debate – Tremores de Terra em Londrina-PR 04/04/2016 - 09:10
No dia 31 de março a Câmara Técnica Ciências da Terra, com apoio da Câmara Técnica Gestão de Catástrofes e da Associação Profissional dos Geólogos do Paraná (Agepar), promoveu debate sobre os tremores de terra ocorridos em Londrina em dezembro de 2015 e janeiro de 2016.
O evento tratou, numa mesa de debates, das causas e efeitos dos sismos, com a participação de quatro especialistas das áreas de geologia, geofísica e engenharia.
O debate sobre os recentes abalos sísmicos ocorridos na cidade de Londrina/PR teve o intuito de aprofundar as discussões e esclarecer à sociedade paranaense, em especial a Londrinense, principalmente no que se refere as causas possíveis e/ou comprovadas de tais eventos geológicos. A discussão foi precedida de exposições de especialistas da academia (UFPR, UEL e USP), e da SANEPAR, uma vez que esta instituição foi citada pela população como provável responsável pelos tremores. Outro objetivo com este debate foi incitar novas discussões sobre a adequação de edificações e estudos de zoneamentos geológicos de áreas de risco.
O primeiro palestrante da noite foi Eduardo Salamuni, doutor em geologia e professor da UFPR, que apresentou o mapa de sismos no Brasil. Ao contrário do que se imagina, ele mostrou que o país possui várias áreas de tremores provocadas por fraturas na crosta terrestre.
O segundo a falar foi Sérgio Bahls, Gerente Geral da Região Nordeste da Sanepar. Ele esclareceu que devido a obras de saneamento realizadas na região, a princípio acreditava-se que os tremores pudessem ser induzidos, mas a possibilidade foi descartada após a realização de estudos mais acurados com auxílio das universidades de Londrina (UEL) e São Paulo (USP).
Na sequência José Paulo Pinese, doutor em geologia e professor da UEL, fez algumas considerações e explicou de forma detalhada como os estudos foram realizados na região. Também relatou que no Paraná há registros tanto tremores naturais, provocados pela compressão da placa tectônica e rompimento de rochas quando induzidos, como na formação do lago da usina Capivari Cachoeira na década de 70.
O último a fazer sua exposição – através da internet – foi Marcelo Assumpção, doutor em geofísica e professor da USP, que também teve participação nos estudos realizados em Londrina. Ele explicou em detalhes como atuam as forças responsáveis pelos tremores, ilustrando o que ocorreu nos registros de dezembro de 2015 e janeiro de 2016 na região.
Logo após os participantes puderam fazer perguntas aos palestrantes, com mediação de Antônio Rabelo, geólogo ex-presidente da Agepar.
Essa foi a primeira palestra realizada no IEP transmitida integralmente pela internet, com mais de 600 espectadores não presenciais. A transmissão foi organizada pelo MundoGeo, parceiro do evento, e vem de encontro ao objetivo do Instituto de Engenharia do Paraná de possibilitar a participação dos profissionais do interior do estado nos eventos da entidade.
Fonte: Instituto de Engenharia do Paraná
O evento tratou, numa mesa de debates, das causas e efeitos dos sismos, com a participação de quatro especialistas das áreas de geologia, geofísica e engenharia.
O debate sobre os recentes abalos sísmicos ocorridos na cidade de Londrina/PR teve o intuito de aprofundar as discussões e esclarecer à sociedade paranaense, em especial a Londrinense, principalmente no que se refere as causas possíveis e/ou comprovadas de tais eventos geológicos. A discussão foi precedida de exposições de especialistas da academia (UFPR, UEL e USP), e da SANEPAR, uma vez que esta instituição foi citada pela população como provável responsável pelos tremores. Outro objetivo com este debate foi incitar novas discussões sobre a adequação de edificações e estudos de zoneamentos geológicos de áreas de risco.
O primeiro palestrante da noite foi Eduardo Salamuni, doutor em geologia e professor da UFPR, que apresentou o mapa de sismos no Brasil. Ao contrário do que se imagina, ele mostrou que o país possui várias áreas de tremores provocadas por fraturas na crosta terrestre.
O segundo a falar foi Sérgio Bahls, Gerente Geral da Região Nordeste da Sanepar. Ele esclareceu que devido a obras de saneamento realizadas na região, a princípio acreditava-se que os tremores pudessem ser induzidos, mas a possibilidade foi descartada após a realização de estudos mais acurados com auxílio das universidades de Londrina (UEL) e São Paulo (USP).
Na sequência José Paulo Pinese, doutor em geologia e professor da UEL, fez algumas considerações e explicou de forma detalhada como os estudos foram realizados na região. Também relatou que no Paraná há registros tanto tremores naturais, provocados pela compressão da placa tectônica e rompimento de rochas quando induzidos, como na formação do lago da usina Capivari Cachoeira na década de 70.
O último a fazer sua exposição – através da internet – foi Marcelo Assumpção, doutor em geofísica e professor da USP, que também teve participação nos estudos realizados em Londrina. Ele explicou em detalhes como atuam as forças responsáveis pelos tremores, ilustrando o que ocorreu nos registros de dezembro de 2015 e janeiro de 2016 na região.
Logo após os participantes puderam fazer perguntas aos palestrantes, com mediação de Antônio Rabelo, geólogo ex-presidente da Agepar.
Essa foi a primeira palestra realizada no IEP transmitida integralmente pela internet, com mais de 600 espectadores não presenciais. A transmissão foi organizada pelo MundoGeo, parceiro do evento, e vem de encontro ao objetivo do Instituto de Engenharia do Paraná de possibilitar a participação dos profissionais do interior do estado nos eventos da entidade.
Fonte: Instituto de Engenharia do Paraná