DEFESA CIVIL NO PARANÁ COMEMORA SEU ANIVERSÁRIO DE CRIAÇÃO 29/12/2010 - 10:55
Hoje a defesa civil paranaense está completando 38 anos de fundação.Marca importante de um sistema ainda jovem mas com histórico repleto de participações relevantes em apoio à população paranaense. Afinal, sempre que eventos adversos severos afetam as regiões vulneráveis do Paraná a defesa civil é acionada e precisa atuar mobilizando recursos humanos e materiais para que os resultados sejam reduzidos ao menor grau de impacto.
Por mais incrível que possa parecer, muitas pessoas desconhecem o que é defesa civil e qual a sua função na sociedade. Costumam associá-la a um órgão do estado que atende desastres, catástrofes, deixando de lado o conhecimento de que defesa civil é um sistema do qual todos nós fazemos parte. Por isso o slogan da defesa civil é: defesa civil somos todos nós.
Todavia, não se pode culpar as pessoas por não conhecerem a verdadeira concepção desse sistema e suas atuações em outros momentos como durante a prevenção e preparação (antes de ocorrerem desastres), e também qual, exatamente, o seu trabalho durante a resposta, reabilitação e reconstrução (pós desastre). Isso porque ainda existe a carência do tratamento da temática relacionada à defesa civil nos currículos escolares e, saber seu significado acaba por ficar condicionado ao contato com as notícias que sempre visam a resposta aos desastres, raramente se dedicam à cobertura de ações preventivas.
Longe dessa constatação se tornar uma desculpa que afaste a defesa civil do seu objetivo, que é o de reduzir os desastres, nesse aniversário há muito o que ser comemorado. A defesa civil cresceu em estrutura e qualidade.
Atualmente o trabalho preventivo conta com espaço para a adesão do voluntariado os quais, diga-se de passagem, foram fundamentais nas campanhas para a arrecadação de donativos, especialmente aqueles enviados aos catarinenses no final do ano de 2008; além dessa importante equipe que saltou das centenas para os milhares nos últimos anos, existem os Conselhos Estaduais de Produtos Perigosos, Mata Viva (prevenção e combate aos incêndios florestais) e outro voltado à Saúde humana e animal. Dezenas de órgãos, por meio dos seus representantes, participam das decisões acerca desses temas extremamente importantes para a sociedade.
Enaltecemos o trabalho dos muitos que dedicaram diretamente parte das suas vidas para a construção desse sistema. Trabalho com horário definido no papel, mas com realidade adversa, regrada pelas intempéries, pela casualidade do surgimento dos desastres, pela luta incessante para que as vulnerabilidades criadas por alguns seja reduzida a tempo de se evitar tragédias como as que constam no nosso passado.
Afinal, há de se recordar a participação na história dos desastres paranaenses que marcaram época, como as enchentes do início dos anos 80, a estiagem e os incêndios florestais que caracterizaram os idos de 1988, a participação no desabamento do edifício Atlântico, em Guaratuba, no ano de 1995, a atuação no vazamento de óleo ocorrido no município de Araucária, em 2000, atingindo os rios Barigui e Iguaçu; a coordenação do evento onde um poliduto que transportava derivados de petróleo se rompeu, na Serra do Mar, em 2001, a coordenação dos trabalhos de resposta quando o Navio Tanque Vicuña explodiu na Baía de Paranaguá; além, é claro, da atuação nas operações cólera, dengue, aftosa, influenza A (H1N1), e dos desastres de menor proporção que, apenas nos últimos 31 anos, ultrapassaram a marca dos 4.000 eventos.
Esse aniversário não é de uma instituição, é de uma conquista do povo paranaense. População que pode ter a tranquilidade de saber que pode contar com uma das defesa civil referenciais para o país, com o desenvolvimento de tecnologia e com a participação de seus integrantes convocados em reconhecimento pelo seu trabalho para comporem o GADE - Grupo de Apoio a Desastres, coordenado pela Secretaria Nacional de Defesa Civil.
Mas não esqueçamos que há muito o que ser feito, bastante a evoluir e um trabalho sem fim pela frente, descortinando-se no horizonte. A continuidade dessa história precisa de parcerias, da participação popular, das instituições que compõem esse sistema, especialmente dos municípios, e do investimento em áreas importantes como a capacitação e a prepação para os desastres. Conhecer as áreas de risco, trabalhar e divulgar essas informações, torná-las subsídio para ao planejamento ou para a correção daqueles que já existem e orientam o crescimento das cidades, dentre outras atividades, precisam nortear as ações da defesa civil paranaense.
Importante, nesta data, também enaltecer o trabalho desenvolvido pelo Corpo de Bombeiros paranaense que, em muito se confunde com a própria defesa civil porque a essa instituição cabem as ações de defesa civil e, no Paraná, cada unidade do Corpo de Bombeiros exerce a coordenação regional de defesa civil, realizando o nobre papel de apoiar os municípios nas suas demandas emergenciais e motivando o desenvolvimento das ações preventivas. Essa dedicação institucional passou a contar, há pouco mais de cinco anos, com a inserção dentro da sua própria estrutura, de um setor específico para atuar com as ações de defesa civil, evolução necessária para fortalecer esse sistema.
Fazendo parte das comemorações desse aniversário está em fase final de preparação uma obra destinada a realizar uma das várias possibilidades de análise sobre os desastres que ocorreram e foram registrados no Paraná no período compreendido entre os anos de 1980 a 2009 - um intervalo de trinta anos de dados que estavam silenciosos nos bancos de armazenagem da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, mas que estão sendo transformados em algumas informações úteis pelo Capitão Eduardo Gomes Pinheiro, autor do estudo inédito, a fim de que possam subsidiar decisões nos mais diversos níveis da administração pública e, especialmente, aos gestores de desastres paranaenses. A previsão é de que, dentro de uma semana, este site esteja divulgando o lançamento dessa publicação que estará disponível no rol de publicações da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Paraná.
Feliz Aniversário defesa civil paranaense!
Cap. QOBM Eduardo Gomes Pinheiro
Chefe da Seção Operacional e da Seção Administrativa
Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Paraná
Por mais incrível que possa parecer, muitas pessoas desconhecem o que é defesa civil e qual a sua função na sociedade. Costumam associá-la a um órgão do estado que atende desastres, catástrofes, deixando de lado o conhecimento de que defesa civil é um sistema do qual todos nós fazemos parte. Por isso o slogan da defesa civil é: defesa civil somos todos nós.
Todavia, não se pode culpar as pessoas por não conhecerem a verdadeira concepção desse sistema e suas atuações em outros momentos como durante a prevenção e preparação (antes de ocorrerem desastres), e também qual, exatamente, o seu trabalho durante a resposta, reabilitação e reconstrução (pós desastre). Isso porque ainda existe a carência do tratamento da temática relacionada à defesa civil nos currículos escolares e, saber seu significado acaba por ficar condicionado ao contato com as notícias que sempre visam a resposta aos desastres, raramente se dedicam à cobertura de ações preventivas.
Longe dessa constatação se tornar uma desculpa que afaste a defesa civil do seu objetivo, que é o de reduzir os desastres, nesse aniversário há muito o que ser comemorado. A defesa civil cresceu em estrutura e qualidade.
Atualmente o trabalho preventivo conta com espaço para a adesão do voluntariado os quais, diga-se de passagem, foram fundamentais nas campanhas para a arrecadação de donativos, especialmente aqueles enviados aos catarinenses no final do ano de 2008; além dessa importante equipe que saltou das centenas para os milhares nos últimos anos, existem os Conselhos Estaduais de Produtos Perigosos, Mata Viva (prevenção e combate aos incêndios florestais) e outro voltado à Saúde humana e animal. Dezenas de órgãos, por meio dos seus representantes, participam das decisões acerca desses temas extremamente importantes para a sociedade.
Enaltecemos o trabalho dos muitos que dedicaram diretamente parte das suas vidas para a construção desse sistema. Trabalho com horário definido no papel, mas com realidade adversa, regrada pelas intempéries, pela casualidade do surgimento dos desastres, pela luta incessante para que as vulnerabilidades criadas por alguns seja reduzida a tempo de se evitar tragédias como as que constam no nosso passado.
Afinal, há de se recordar a participação na história dos desastres paranaenses que marcaram época, como as enchentes do início dos anos 80, a estiagem e os incêndios florestais que caracterizaram os idos de 1988, a participação no desabamento do edifício Atlântico, em Guaratuba, no ano de 1995, a atuação no vazamento de óleo ocorrido no município de Araucária, em 2000, atingindo os rios Barigui e Iguaçu; a coordenação do evento onde um poliduto que transportava derivados de petróleo se rompeu, na Serra do Mar, em 2001, a coordenação dos trabalhos de resposta quando o Navio Tanque Vicuña explodiu na Baía de Paranaguá; além, é claro, da atuação nas operações cólera, dengue, aftosa, influenza A (H1N1), e dos desastres de menor proporção que, apenas nos últimos 31 anos, ultrapassaram a marca dos 4.000 eventos.
Esse aniversário não é de uma instituição, é de uma conquista do povo paranaense. População que pode ter a tranquilidade de saber que pode contar com uma das defesa civil referenciais para o país, com o desenvolvimento de tecnologia e com a participação de seus integrantes convocados em reconhecimento pelo seu trabalho para comporem o GADE - Grupo de Apoio a Desastres, coordenado pela Secretaria Nacional de Defesa Civil.
Mas não esqueçamos que há muito o que ser feito, bastante a evoluir e um trabalho sem fim pela frente, descortinando-se no horizonte. A continuidade dessa história precisa de parcerias, da participação popular, das instituições que compõem esse sistema, especialmente dos municípios, e do investimento em áreas importantes como a capacitação e a prepação para os desastres. Conhecer as áreas de risco, trabalhar e divulgar essas informações, torná-las subsídio para ao planejamento ou para a correção daqueles que já existem e orientam o crescimento das cidades, dentre outras atividades, precisam nortear as ações da defesa civil paranaense.
Importante, nesta data, também enaltecer o trabalho desenvolvido pelo Corpo de Bombeiros paranaense que, em muito se confunde com a própria defesa civil porque a essa instituição cabem as ações de defesa civil e, no Paraná, cada unidade do Corpo de Bombeiros exerce a coordenação regional de defesa civil, realizando o nobre papel de apoiar os municípios nas suas demandas emergenciais e motivando o desenvolvimento das ações preventivas. Essa dedicação institucional passou a contar, há pouco mais de cinco anos, com a inserção dentro da sua própria estrutura, de um setor específico para atuar com as ações de defesa civil, evolução necessária para fortalecer esse sistema.
Fazendo parte das comemorações desse aniversário está em fase final de preparação uma obra destinada a realizar uma das várias possibilidades de análise sobre os desastres que ocorreram e foram registrados no Paraná no período compreendido entre os anos de 1980 a 2009 - um intervalo de trinta anos de dados que estavam silenciosos nos bancos de armazenagem da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, mas que estão sendo transformados em algumas informações úteis pelo Capitão Eduardo Gomes Pinheiro, autor do estudo inédito, a fim de que possam subsidiar decisões nos mais diversos níveis da administração pública e, especialmente, aos gestores de desastres paranaenses. A previsão é de que, dentro de uma semana, este site esteja divulgando o lançamento dessa publicação que estará disponível no rol de publicações da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Paraná.
Feliz Aniversário defesa civil paranaense!
Cap. QOBM Eduardo Gomes Pinheiro
Chefe da Seção Operacional e da Seção Administrativa
Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Paraná