BOMBEIROS COMUNITÁRIOS PARTICIPAM DE WORKSHOP SOBRE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA E AUDITIVA 30/11/2010 - 09:50


Foto: 6ª COREDEC

Nesta Quinta feira dia 18/11/2010 (quinta feira) Agentes de Defesa Civil dos Municípios de Almirante Tamandaré e Rio Branco do Sul participaram do Worshop sobre proteção respiratória e auditiva realizada no SINDIMETAL Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado do Paraná situado em sua nova sede à rua Angelo Greca n° 70 no Bairro do Atuba na Cidade de Curitiba.
A palestra foi proferida pelo Sr. Emílio Carlos P. Gouvêa, Administrador de Empresas, Técnico em Segurança no trabalho há 14 anos na 3M do Brasil como Executivo de contas para o Estado do Paraná. As inscrições foram dois quilos de alimentos não perecíveis e a palestra teve oito horas de duração além de uma apresentação teatral ao final do período.
A palestra apresentou novos lançamentos no mercado brasileiro que estarão à venda a partir de 2011, porém já foram apresentadas no FISP SP Feira Internacional de Equipamentos de Segurança e Proteção realizada em São Paulo no mês de outubro, como máscaras de proteção semi-facial, em borracha, silicone, máscaras de proteção facial panorâmicas (iguais as utilizadas pelo Corpo de Bombeiros) com o diferencial de possuir tratamento interno anti-embaçante, assim como equipamentos para proteção auditiva as novas marcas e modelos com CA Certificação de Aprovação.
A NR15 (Norma Regulamentadora 15) do MTE (Ministério do Trabalho e do Emprego) que trata sobre atividades e operações insalubres estabelecem para fins desta norma os limites de tolerância à concentração ou a intensidade máxima ou mínima relacionada com a natureza e o tempo de exposição do agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral, desta forma foi abordada duas atividades as quais estão relacionadas diretamente com a atividade do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, que são proteção respiratória e auditiva.


Foto: 6ª COREDEC

As importâncias de sabermos em que atmosferas estão mergulhadas principalmente em questões emergenciais dificilmente conseguirá saber, pois para tal teríamos que desenvolver um PPRA (Programa de Prevenção e Riscos Ambientais, esta eficientemente fiscalizada e desenvolvida em ambientes industriais) mas quando falamos em situações de emergência não temos como desenvolver um plano destes, devemos então considerar a atmosfera sempre pelo risco maior do agente contaminante, que seria identificar o produto, isolar a área e caso tenha que penetrar no ambiente confinado ter a certeza de que o equipamento que estaremos utilizando será eficiente e eficaz, o que nos dá uma sensação de ser a mesma coisa porém há uma diferença grande como podemos citar; Eficaz pode ser o equipamento que temos a disposição nas viaturas porém não será Eficiente caso não seja utilizado de forma correta ou para o fim a que se destina, ou ainda usarmos um equipamento para atuação de nível máximo em situação que comprometa a integridade do equipamento desnecessariamente pela falta de informações ou conhecimento técnico profissional, resumindo basta o material não se ajustar ao biótipo físico da pessoa que não trará a eficiência precisa, e a contaminação acontecerá se considerarmos o ambiente IPVS (Imediatamente Perigoso à Vida e a saúde), que em caso de contato não somente respiratório certamente comprometerá a sua saúde e a vida.
O trabalhador inicia o comprometimento da sua saúde a partir do momento do uso inadequado do EPR (equipamento de proteção respiratória), onde os primeiros sintomas são muitas vezes mascarado como uma reação corporal corriqueira, por exemplo; gripe, renite, tosse, dores de cabeça constantes e como isso acontece? Dependendo do tamanho da partícula em suspensão por exemplo que pode variar de 0,001 a 100 micrômetros e da sua forma na natureza, como por exemplo sólidos (fumaça do cigarro varia de 0,1 a 0,3 microns), líquidos, gasosos ou ainda deficiência de oxigênio. Os líquidos em suspensão como névoas (Vapor aquoso que se levanta de lugares úmidos) e neblinas (quando há movimento mecânico que sopre a água com ar ou por borbulhamento) ou gases (aqueles que por sua natureza é um gás ou torna-se um gás em nossa atmosfera) e os fumos metálicos (vapor desprendido de corpos metálicos, como o período em que se realiza uma solda elétrica ou com uso de gases) que possam estar no ar atmosférico, as partículas menores que 1 micron permanecem no ar por até 8,5 horas, 5 micron 20 minutos, 10 micron 5 minutos, 15 micron 2,25 minutos.


Foto: 6ª COREDEC

Em se tratando de EPR (equipamento de proteção respiratória) devemos saber os modelos existentes que são os respiradores sem manutenção (descartáveis) preferencialmente com válvulas de axalação para facilitar a saída do ar e manter a temperatura interna amena e seca por mais tempo, e com manutenção (aquelas que podem ser trocadas os filtros, cartuchos e acessórios) e o conjunto facial ou semi facial, preferencialmente confeccionado com elastômetro que oferece maior conforto e custo benefício frente aos confeccionados em silicone. Existem ainda respiradores motorizados, para conjuntos que necessitem de pressão positiva, este é um purificador de Ar Motorizado somente para particulados, composto de filtro de alta eficiência, bateria, unidade motora e medidor de fluxo com fator de proteção atribuído de 1000, onde locais em que o limite máximo de tolerância seja de 1PPM (uma parte por milhão) com este filtro pode-se trabalhar com 1000PPM (mil partes por milhão), sendo que alguns modelos protegem contra poeiras, fumos, névoas e radionuclídeos. Ideal para asbestos, amiantos e outras partículas perigosas, curiosidade, as baterias são para oito horas de utilização contínua.
Faz parte ainda do sistema de proteção respiratória o sistema de ar mandado, desde que os compressores, filtros de ar, água, mangueiras, traquéias, máscaras sejam projetadas com a finalidade de utilização respiratória humana, e não adaptadas para o uso humano, pois as mesmas soltam pequenas partículas quais serão inaladas com o passar do tempo.
A sua limpeza e armazenamento é importantíssimo, pois hoje temos equipamentos que podem ser lavados e sua durabilidade para uso diário pode chegar a um ano, desde que seja realizada a manutenção de acordo com o que o fabricante indica, um exemplo citado foi como o trabalhador utiliza a sua máscara no local contaminado e ao falar com outro retira a mesma, e quando retira a máscara a coloca sobre o peito ou a deixa na testa ou sobre a cabeça o que irá certamente contaminar, pois os fios de cabelo ou a roupa estão impregnados de agentes contaminantes. Outro equívoco cometido pelo trabalhador é achar que seu equipamento de proteção respiratória não tem vida útil ou ao contrário achar que já é hora de trocar os filtros, pois a aparência está ruim apresentando cracas, ou aparência de equipamento velho, na realidade o filtro na maioria destes casos não está saturado o que falta é simplesmente falta de higiene pessoal o que compromete a saúde do usuário por outras doenças em sua maioria não está relacionada com a atividade do trabalho, mofo, bolor, ácaros etc.
Os cilindros de ar comprimidos devem ser esvaziados totalmente a cada recarga realizada, e não apenas completar o conteúdo, assim como realizar os testes hidrostáticos no prazo correto, por exemplo, os que são confeccionados em alumínio a cada cinco anos e os de composite a cada três anos, observando-se que neste último a sua demarcação no cilindro deve ser feita por adesivagem e não por choque como no caso de cascos de aço, ferro ou alumínio, pois o choque compromete a estrutura física externa que é fibra e a interna do cilindro que possui uma camada de alumínio.
EPA Equipamentos de Proteção Auditiva
Quando no ambiente de trabalho há poluição sonora uma das medidas que devemos realizar é a de identificar os riscos como, por exemplo, o que está causando o ruído, um motor, atrito, impacto, os efeitos geralmente são dores de cabeça no final do período, dificuldades para dormir, zumbidos mesmo após o término do expediente de trabalho e ou tonturas durante o período de trabalho.
Conhecendo a natureza do ruído e se já está apresentando algum tipo de efeito colateral em nosso organismo é um grande aviso que devemos tomar atitudes para melhorar a qualidade do ambiente, sabendo-se que aquela pessoa que diz que ela já está acostumada ao ruído e este não o incomoda mais é na realidade um grande equívoco, esta pessoa não está acostumada ao barulho mas sim já perdeu parte de sua capacidade de captação auditiva, graves e ou agudos separadamente.
A exposição excessiva a altos níveis de ruídos pode causar danos permanentes nas células auditivas da cóclea assim como outras causas da perda auditiva como a presbiacusia (Diminuição da acuidade auditiva com o avançar da idade), causas patológicas como a rubéola, infecções de ouvido, surdez hereditária, drogas ototóxicas como a utilização de cola de sapateiro, uso excessivo de antibióticos como a eritromicina, ampicilina, traumas de cabeça, intoxicação por metais pesados, solventes neurotóxicos e produtos químicos que causem hipóxia (falta de oxigênio no sistema nervoso central, como por exemplo monóxido de carbono, cianeto e anilina).
O controle de exposição ao ruído pode ser por redução na fonte, ou controle por engenharia e ou enclausuramento de máquinas são as práticas de proteção coletivas e a proteção individual por protetores individuais.


Foto: 6ª COREDEC

Os equipamentos de proteção auditiva podem ser por protetores de inserção (aqueles de espuma moldável), conchas (tipo fone de ouvido), capa de canal e especiais que podem ter acoplados nas conchas rádios transmissores e estes aos capacetes.
Uma curiosidade foi a de saber que as empresas que mais compram EPAs são os frigoríficos, e que as cores geralmente dos EPAs referentes a proteção que oferecem são maiores a medida em que ficam mais escuras, porém não é lógico pois quando falamos de um EPA que vem com CA certificado de aprovação falamos de produtos nacionais, mas muitos são Americanos certificados pela (NFPA National Fire Protetion Association), Europeus certificados pela (CE Comunidade Européia), e vindo com muita força os Asiáticos ainda sem CA.
A proteção oferecida mesmos pelos protetores de espumas moldáveis apresentam uma atenuação de aproximadamente entre 16 à 27 decibéis, podendo chegar a 29 decibéis os com melhores rendimentos, concha, sabendo-se que para estar em conformidade com as Normas Regulamentadoras Brasileiras o nível de ruído no ambiente não deve exceder a 85 Decibéis para oito horas de trabalho diário.
A higiene e limpeza destes equipamentos estão a cada dia mais fáceis, como a facilidade de desmontar e lavar os tampões com sua película interna de silicone ou borracha com tratamento que não deixa desenvolver culturas de bactérias ou fungos, onde a crendice popular de não se poder colocar um protetor auricular de um ouvido em outro cai por terra pois quem está com infecção não deveria estar trabalhando, e mesmo sem o equipamento ao dormir a secreção poderá ser transmitida pelo uso do travesseiro, onde ora está um lado ora outro pra baixo, ou ainda a de se guardar separadamente os protetores em caixinhas diferentes ou dar um nó para identificar o lado de uso não há necessidade pois ao colocar usará os dedos para introduzir ou moldar, outra dúvida é se ao usar não vai empurrar a cera produzida para dentro, na realidade ela depende de cada pessoa pois existem pessoas que produzem mais que outras desta forma deve-se limpar o canal com constância e de forma correta o cotonete têm duas pontas e se pega em uma contaminado a outra então devemos utilizar uma só ponta do cotonete e descartá-lo em seguida ao invés de utilizarmos no outro pavilhão auricular a outra extremidade.



Postado pelo 3° Sargento BM ALVACIR FERREIRA
Comandante dos Postos de Bombeiros Comunitários de
Rio Branco do sul e Almirante Tamandaré – Pr.