Passava das 19h da noite desta segunda-feira (12) quando equipe de plantão posto da brigada de Jandaia do Sul ouviu o chamado de uma família em desespero do lado de fora do prédio. O pequeno Pedro dos Anjos de apenas três dias estava no colo da avó, ele havia parado de respirar depois de um engasgo.

Segundo a mãe, a auxiliar de enfermagem Elizângela dos Anjos, de 33 anos,  a situação aconteceu em casa, assim que voltaram da maternidade.“No domingo ele teve um engasgo no hospital e os enfermeiros conseguiram reverter. Na segunda recebermos alta e fomos pra casa. Quando chegamos, a minha mãe estava com ele no colo e foi apresentar o quartinho, ela viu que ele estava com o corpinho todo mole, sem respirar”.

O tio e a avó pegaram o menino e foram de carro até a brigada da cidade, onde receberam atendimento imediato. Imagens de câmeras de segurança mostram toda a movimentação desde a chegada da família.

“Eles correram aqui no quartel, bateram na porta e entregaram o bebê nas nossas mãos.
Ele estava ficando roxinho, com o corpo mole. A gente pegou e fez a manobra, em poucos segundos ele voltou e começou a chorar”, relata o agente de defesa civil Diego Pereira da Silva.

“É uma situação que, em questão de segundos você poder perder uma vida, a ação foi rápida e conseguimos reanimar o bebê. É uma emoção muito grande, algo que vai ficar gravado na nossa memória”, completa.

Em seguida, o bebê foi levado de ambulância para um hospital da cidade onde passou por novos exames. Para o agente o sucesso da manobra de salvamento é resultado da reciclagem constante dos profissionais. “Há seis dias passamos por um treinamento para dar continuidade no nosso curso e foi justamente sobre o desengasgo de crianças e adultos. Coincidiu que logo depois chegou essa criança”. Também estavam no plantão e participaram do socorro e transporte do menino os agentes Valdir Padilha e Cláudio de Andrade Gonçalves.

“Todas as ocorrências são diferentes uma da outra, a gente nunca sabe o que vai pegar. Essa foi uma situação que talvez, se a gente não estivesse bem treinado e preparado, o final teria sido diferente’, destaca Diego.

 Elizângela e a família seguem nos cuidados com o pequeno Pedro que retornou ao hospital para exames complementares na tentativa de descobrir a razão dos engasgos. Para a mãe a decisão de procurar socorro imediato foi essencial para a sobrevivência do bebê.

“ A minha família é muito grata às pessoas que salvaram ele, senão hoje eu poderia não ter o Pedro nos meus braços. Sem dúvida essa foi a melhor decisão que nós tomamos, fomos atendidos com muito carinho e atenção”, destaca a mãe emocionada.