Os produtos perigosos são substâncias de origem química que, pelas suas características, oferecem risco principalmente aos seres humanos e ao meio ambiente. É claro que não se pode deixar de enaltecer a importância desses produtos no quotidiano das pessoas. A maioria dessas substâncias é utilizada como energia ou matéria-prima para a fabricação ou no processo de elaboração de vários bens de consumo que estão presentes na vida das pessoas.

Entretanto, para fazer chegar à indústria ou ao consumidor final, a cadeia de consumo precisa de estrutura logística, abrangendo transporte, manuseio e armazenagem. Nesse contexto é que se localizam os acidentes com essas substâncias. Quanto ao transporte, o modal rodoviário é o campeão das estatísticas porque é nas estradas que a maioria dos acidentes acontecem. Apenas nesses primeiros dias de outubro foram 5 os casos comunicados à Defesa Civil e atendidos pelo sistema paranaense que conta com a participação de vários órgãos.

Como o atendimento acontece?

O Paraná possui um sistema de Defesa Civil atuante onde mais de 30 órgãos constituem o chamado Conselho Estadual de Produtos Perigosos. Esse conselho possui 8 conselhos regionais abrangendo todos os 399 municípios do Estado. Fruto desse conselho o Plano Estadual de Produtos Perigosos procura reunir informações para a facilitação das atividades de prevenção e de resposta a esses tipos de acidentes. Além disso, estabelece procedimentos para proporcionar o atendimento conjunto a esses tipos de casos onde um órgão apenas não comporta a resolução dos impactos e danos produzidos pelo acidente. O acidente acaba resultando em várias necessidades que vão desde o gerenciamento do trânsito nas imediações, socorro às vítimas quando houver, estabilização do impacto ambiental e ações que podem chegar à interrupção do fornecimento de água ou até mesmo evacuação de áreas a fim de atender as recomendações contidas nos manuais de atendimento a esses tipos de acidentes.
Quando um dos órgãos do sistema é informado mediante solicitação para atender um desses acidentes, imediatamente ocorre um disparo dessa informação para os demais integrantes que se mobilizam e passam a atender, em conjunto, tomando as providências necessárias para sua resolução.

foto: Daniel Calvo / Jornal Página Um






Estatísticas

A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, coordenada pelo Secretário Chefe da Casa Militar, Tenente Coronel Washington Alves da Rosa, recebe essas informações que partem de órgãos como o IAP – Instituto Ambiental do Paraná, Corpo de Bombeiros e Polícias Rodoviárias (Estadual e Federal). Essas informações são processadas e passam a compor o banco de dados que, por sua vez, alimenta o SISDC – Sistema de Defesa Civil, onde se torna possível georeferenciar os acidentes, produzindo conhecimento para a implementação de medidas preventivas, buscando a redução desse tipo de evento.
Apenas em 2008, foram registrados 64 acidentes dentre os quais 54 aconteceram nas rodovias estaduais e federais. O número, apesar de menor que o contabilizado em 2007 (127) preocupa devido ao alto impacto e conseqüências que cada um deles produz nas regiões onde ocorrem. Em caráter preventivo, a Defesa Civil promove, por meio das suas regionais, ações integradas de fiscalização desses veículos, em diversos pontos das rodovias paranaenses. Nos últimos anos foram 67 operações de fiscalizações realizadas resultando centenas de orientações, autos de infração e até apreensões de veículos por descumprimento da legislação pertinente.
A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil orienta as pessoas que tomarem conhecimento de algum acidente envolvendo essas substâncias químicas para que entrem em contato, imediatamente, pelo telefone de emergência do Corpo de Bombeiros – 193 ou 199 Defesa Civil.

Coordenadoria Estadual de Defesa Civil