A terra contaminada pelo óleo queimado foi removida e será destinada a um aterro de resíduos tóxicos, em Curitiba. Os serviços de retirada dos tambores com quase mil litros de produto tóxico serão pagos pelo Município. Foram usadas caçambas para a remoção de cinco metros cúbicos de solo que entraram em contato com o produto químico. A estimativa é de que a destinação e o transporte cheguem a custar R$ 4 mil.

      Os fiscais do IAP (Instituto Ambiental do Paraná), da Secretaria de Meio Ambiente e a Polícia Ambiental da Força Verde desempenham operações em empresas próximas ao manancial para apurar a responsabilidade pelo crime ao meio ambiente. “Faremos um trabalho em conjunto, notificaremos as mecânicas próximas para que sejam apresentadas notas que comprovem a destinação dos resíduos gerados nos últimos meses, até identificarmos a empresa que despejou os tambores”, afirma Leila Müller, sargento da Polícia Florestal.

      A contaminação ocorreu perto do manancial usado para o abastecimento da cidade, a cerca de um quilômetro da Subestação de Tratamento de Água da Sanepar e cinco quilômetros da Rua Rio da Paz, no Bairro Santa Felicidade. A captação da água do Rio Peroba está suspensa e voltará à normalidade nos próximos dias. O rio abastece 5% das moradias de Cascavel e é uma reserva, quando os níveis de armazenamento do Rio Cascavel diminuem. A Defesa Civil esteve na área rural para avaliar os riscos ao manancial de abastecimento público. A multa aplicada a empresa que despejou os resíduos pode chegar a R$ 1 milhão. “Avaliaremos as consequências. A multa varia conforme o tamanho da empresa. Mas os gastos com a limpeza terão de ser ressarcidos, quando identificarmos quem é o responsável pela irregularidade”, afirma Hélio Nethson, chefe do Escritório Regional do IAP, em Cascavel.